MIRRA

A Mirra é uma árvore espinhosa, de folhas caducas, que pode atingir 5 metros de altura.Suas flores são vermelho-amareladas e produz pequenos frutos pontiagudos. É umas plantas originárias da África, sendo também encontrada no Oriente Médio, na Índia e na Tailândia. É cultivada em regiões quentes e semidesérticas.A recolecção da resina é feita através de cortes nos troncos e constitui um dos mais importantes produtos de exportação da Somália.Não é cultivável na Europa.


Partes usadas: Resina seca.

Usos mágicos-religiosos:Esta resina foi muito bem conhecida em todas as culturas da Antiguidade e já era um dos produtos mais valiosos á circular pelas rotas comerciais 3000 anos antes de ser mencionada no Evangelho de Mateus como um dos presentes oferecidos pelos Magos ao Menino Jesus.
A mirra faz parte de todas as mitologias e tradições antigas, do Ocidente ao Oriente. É mencionada no Antigo e no Novo Testamento, bem como em antigos textos da Grécia e Roma.
Também os egípcios á usavam no culto ao deus Sol, bem como nos rituais de mumificação, uma vez que suas propriedades embalsamadoras já eram conhecidas.
A palavra mirra deriva de uma palavra hebraica que significa amarga,,existindo também uma palavra árabe que significa o mesmo.Isto se deve ao fato, provavelmente, da mirra ter sido sempre uma planta funerária.Foi utilizada com este propósito desde á Antiguidade até o século XV, quando ainda era vulgarmente usada como incenso em funerais e cremações.
Na tradição cristã esteve presente, tanto no nascimento quanto na morte de Cristo, sendo usada até hoje nas missas, como evocativa da Paixão.
Devido á toda esta carga simbólica, a Magia Prática serve-se da mirra para trabalhar as energias ctónicas,para estimular a espiritualidade e abraçar a Morte no seu sentido lato.
Um dos inúmeros mitos que envolvem a mirra conta que ela ardia no fogo onde renasceu a Fênix.
Esta associação indica,entre outras coisas,o seu poder de mitigar a dor e de estar presente nas grandes transmutações.
Efetivamente,é uma das melhores plantas á se utilizar quando é preciso ultrapassar mágoas e tragédias pessoais.
A Mirra é também uma resina de consagração muito usada na defumação de objetos e espaços rituais. É considerada protetora e purificadora.Como planta lunar,pode ser usada em todos os assuntos referentes á sonhos,família,fertilidade,cura,amor,compaixão,paz,sono,profecia,consciência psíquica e espiritualidade em geral,bem como para ouros assuntos mais terrenos,como a jardinagem.Também é usada para aumentar as propriedades de outros elementos com os quis se mistura, favorece o fluxo energético e ajuda em estados meditativos e de contemplação.

Planeta regente: Lua

Elemento: Água.

Divindades associadas: Isis, Adonis, Afrodite, Cibele, Deméter, Hécate, Juno, Reia, Saturno.

Propriedades medicinais: Anti-séptica,antibacteriana,antinflamatória,anti-fúngica,carminativa,emenagoga,tônicae adstringente.

Uso medicinal: Indicada no tratamento das afecções da cavidade oral, causadas por bactérias, fungos e vírus,bem como em distúrbios respiratórios e digestivos.Estimula o sistema imunológico, aumentando os níveis de glóbulos brancos. É um bom remédio em todas as afecções causadas por fungos.Melhora a circulação e é benéfica para a pele como cicatrizante e regenerador das células cutâneas.Na Medicina Tradicional Chinesa, bem como na Ayurveda e no Herbalismo Ocidental, a mirra é usada para tratar estados artríticos,reumatismo e problemas de circulação.

Contra-indicações e cuidados: O óleo essencial é muito forte, devendo-se ter cuidado com seu uso direto em pele e mucosas.Está totalmente contra-indicada em grávidas, mulheres com tendência para fluxos menstruais excessivos, pessoas com lesões estomacais e doentes renais.

Uso doméstico: É bem conhecida como ingrediente básico para a fabricação de incensos.Pode ser queimada simples ou com outras resinas, ervas aromáticas, flores e óleos, formando incensos naturais de alta qualidade.Tradicionalmente, os incensos em pó são queimados em queimadores próprios sobre carvão.A mirra sempre foi um produto de luxo, entrando na composição de perfumes e cosméticos, pelo que houve tempos em que seu valor suplantava o do ouro.